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Recentemente, publiquei um texto onde tratei da análise das obras psicografadas. Coincidentemente, encontrei um texto de Marcelo Henrique Pereira que casa, perfeitamente, com as ideias expostas anteriormente.

É um assunto muito sério e nos convida a pensar!
read more "Análise de obras psicografadas - II"

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Amigos,


Chegamos ao final do nosso estudo. Puxa, passou rápido! Espero que tenham gostado e, se não gostaram, espero que me ajudem a melhorar, apontando falhas. Agradeço a todos que acompanharam!

 159. As almas têm preocupações na outra vida? Pensam n’alguma coisa além de suas alegrias e seus sofrimentos?


160. Em que consistem os sofrimentos da alma após a morte? As almas criminosas serão torturadas em chamas materiais?


161. A prece será útil às almas sofredoras?


162. Em que consistem os gozos das almas felizes? Passam a eternidade em contemplação?


Gostaria de baixar o áudio? Aqui!
read more "O Principiante Espírita - Final."

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O livro espírita, no Brasil, é sucesso absoluto. Em toda feira que aparece ganha destaque. Um exemplo disto é a 33ª feira do livro espírita de São Carlos, em Novembro, onde mais de 7.740 livros foram vendidos em poucos dias.

Para se ter uma idéia da grande quantidade de obras disponíveis no mercado, o site candeia, por exemplo, possui mais de sete mil títulos no acervo. Com tantas obras, Como avaliar um livro espírita? Como saber se determinado livro é confiável? Etc.

São questões importantes, sem dúvidas. Numa enquete, há uma pergunta mais ou menos assim: Devemos averiguar as obras psicografadas para saber se são verdadeiras? – É uma questão intrigante e que, eventualmente, surge em minhas idéias.

A princípio – talvez – respondesse SIM de imediato. Mas, examinado a questão a fundo, esbarramos em alguns entraves... Quem faria este exame? Quais seriam os critérios utilizados? O que aconteceria com os livros que fossem “reprovados”?

O método utilizado por Kardec pode ser resumido na sigla CUEE, que significa: Controle Universal do Ensino dos Espíritos. Em resumo, este controle se dá quando diversos espíritos (Superiores), através de diversos médiuns, sem contato, dizem mais ou menos as mesmas coisas sobre os mesmos assuntos.

Em tese, este controle garante maior confiabilidade e unidade de idéias, o que dá força e corpo à Doutrina. Assim surgiu o Espiritismo. No entanto, mesmo este sistema apresenta algumas dificuldades: Que provas há de que foi feito? – Nenhuma. Quem garante que os médiuns eram confiáveis ou mesmo os espíritos Superiores? Ninguém. Não temos registros históricos sobre este processo, somente o relato unilateral de Kardec.

Cabe ressaltar que embora excelente, o método não era perfeito e Kardec não endossava a imutabilidade dos ensinos, sugerindo, inclusive, revisões periódicas. [1]

Se com todo este curioso e interessante aparato, inclusive, filtrado pela razão, como feedback ao esforço dos espíritos, não há uma relação perfeita de ensino/aprendizagem, que dirá dos livros que são lançados, muitos, sem controle algum?

É isto mesmo, estamos num mar de informações praticamente indistinguíveis e sem solução [momentânea] de continuidade.

Voltando à enquete... Gostei bastante da primeira parte da questão proposta: Devemos averiguar os livros?

Eu diria em alto e bom tom que SIM! Kardec, pensando na problemática da continuidade, propõe em Obras Póstumas um sistema bastante simples e eficaz de organização, ao tratar de uma ‘Comissão Central’, entre os quais teria por objetivo [2]:

2º O estudo dos princípios novos, suscetíveis de entrar no corpo da Doutrina;

Ou seja, antes de uma nova idéia ser aceita ou uma velha descartada, seria preciso que uma comissão avaliasse e, mais, que elevasse o debate através dos congressos, onde haveria a decisão.

Acho uma idéia excelente e é isto mesmo que eu gostaria de ver nos congressos. Fiquei desapontado quando observei que o 3º Congresso Espírita Brasileiro giraria em torno da memória de Chico Xavier... Nada contra Chico Xavier, suas obras ou sua memória. Penso que se pode, plenamente, organizar eventos para isto.

No entanto, com tantos escritores, pensadores e médiuns, por que não reuni-los para pensar sobre questões importantes no Espiritismo como os princípios novos que chegam?

Aliás, o papel das entidades organizadoras do Movimento Espírita passa longe daquele idealizado por Kardec como primeiro atributo desta “Comissão Central”, que é:

1º O cuidado dos interesses da Doutrina e a sua propagação; a manutenção de sua utilidade pela conservação da integridade dos princípios reconhecidos; o desenvolvimento de suas conseqüências; [2]

O que vemos é um interesse mercadológico já sem medo de se ocultar...

A segunda parte da questão, na enquete, não me deixou tão entusiasmado quanto à primeira. Se por um lado penso ser extremamente útil e necessário que haja congressos que tratem, realmente, dos princípios espíritas e da formação de uma comissão ou comissões diretriz (es) sobre o Espiritismo, por outro, não vejo necessidade da chancela da VERDADE nos exames, explico.

Quando, na enquete, se pergunta: (...) para sabermos se é verdadeira? Estamos caminhando num precipício muito perigoso e que pode envolver um jogo de interesses obscuros que [opinião] existe e impera há tempos no Movimento Espírita.

Não temos nenhuma garantia da VERDADE dos ensinos ou princípios espíritas, de Kardec, Chico Xavier ou qualquer outro. Temos um sistema de crenças e um método para aferição do conhecimento espírita. Isto em nada os desmerece, mas é preciso distinguir o que são crenças de fatos científicos.

Por fim, penso que as “comissões”, “federações”, “uniões” espíritas, devem, sim, fazer um exame de determinadas idéias e obras, mediúnicas ou não, e emitir seu parecer, sem a chancela da verdade absoluta, mas a de uma diretriz filosófica/doutrinária e NUNCA em tom de censura.

 

Se, por um lado, devemos zelar pelos princípios do Espiritismo; por outro, não podemos – como dizia a propaganda – deixar o monstro da censura acordar. O fato de julgarmos uma obra em desacordo com os princípios espíritas não a impede de ser apreciada por outra pessoa.

“Mas qual será a extensão do círculo de atividade desse centro? Está destinado a reger o mundo, e a tornar-se o árbitro universal da verdade? Se tivesse essa pretensão, isso seria mal compreender o espírito do Espiritismo que, por isso mesmo, proclama os princípios do livre exame e da liberdade de consciência, repudia o pensamento de se erigir em autocracia; desde o início, entraria num caminho fatal”. Allan Kardec.

[1] – Obras Póstumas – Allan Kardec – VII – Os Estatutos Constitutivos.

[2] – Obras Póstumas – Allan Kardec – IV – Comissão Central.

Entendo que mesmo uma obra tida como “absurdamente anti-doutrinária” deve ser lida e apreciada em seu contexto e valor, refutada com argumentos lógicos, doutrinários e nunca com argumentos de autoridade, “ad hominem” ou de apelo ao povo.
read more "Analisar obras psicografadas?"

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Moradores acreditam que casa está mal-assombrada; fatos registrados no local nos últimos quatro meses estariam ligados a um adolescente de 14 anos, que mora na casa.

Fenômenos sobrenaturais e espíritos do mal. Para algumas pessoas, isso só existe no cinema e nos livros. Mas em Poloni, cidade localizada a 40 quilômetros de Rio Preto, os moradores não falam em outra coisa. Eles acreditam que uma casa está mal-assombrada.


A comerciante Elaine Ferreira da Silva, 33 anos, filha de Alice Aparecida Zanoto, 62, que é a dona da casa, diz que há pelo menos quatro meses acontecem coisas estranhas no local. Objetos desaparecem e são arremessados, aparelhos eletrônicos ligam sozinhos e até vasos são arremessados contra os moradores. “Cheguei a pensar que minha mãe estava doente e delirando."

Com medo, Alice se mudou para a casa de um parente há duas semanas. “Ela diz que não volta mais para cá”, afirmou Elaine.

Na manhã desta terça-feira (7), a casa pegou fogo. As paredes da sala, da cozinha e dos dois quartos foram atingidas pelas chamas. Mas o quadro com a imagem de uma santa, um terço e um crucifixo ficaram intactos.

De acordo com H.C.A. 14, filho de Elaine, o fogo começou do nada. “Eu joguei água benta na sala para ver se o problema se resolvia, mas o fogo tomou conta da casa imediatamente”.


Jovem rezando.

Para o professor Dioraci Russo, amigo da família que segue a doutrina espírita, a explicação dos fenômenos está ligada ao adolescente. “Ele tem a força na mente e um dom que precisa ser estudado e desenvolvido”, disse o professor.

Garoto diz que já emagreceu 10 quilos.

Assustado com a situação da família, o adolescente H.A. afirma que emagreceu dez quilos em um mês. “Aqui ninguém come e nem dorme. Temos medo, muito medo”.

Vizinha afirma que presenciou fenômeno.

A dona-de-casa Lúcia Berti, 45 anos, vizinha da casa onde estaria ocorrendo os fenômenos, afirma que há um mês presenciou um deles. “A gente estava conversando na cozinha quando um cone de linha de costura veio voando em minha direção”.

Apesar de seguir a religião católica, Lúcia afirma que passou a acreditar em espíritos depois de acompanhar de perto o drama da família. “Eles estão precisando de ajuda. Alguém precisa fazer alguma coisa. Isso não pode continuar”, disse Lúcia, chorando.

Para polícia, mistério é travessura de criança.

A Polícia Civil de Poloni abriu inquérito para investigar as causas do incêndio. Para a polícia, o mistério é apenas travessura de criança.

O adolescente H.A. é o maior suspeito de praticar as “travessuras”. Ele afirma que não. “Jamais teria coragem de fazer qualquer coisa que pudesse prejudicar minha família. Estou acompanhando o sofrimento da minha mãe e da minha avó”, disse H.

Segundo o garoto, em nenhum momento ele percebeu se o seu corpo foi tomado por algum espírito. “Tenho tanto medo como as outras pessoas que moram aqui. Minha vontade é sair dessa casa”, disse o menor. O BOM DIA tentou falar com o delegado Alexandre Del Nero Arid, que investiga o incêndio, mas ele não foi encontrado.

Polêmica.

O assunto é polêmico e causa controvérsias entre os estudiosos. O físico Alexandre Dourado diz que nada do que aconteceu na casa mostra que é um fenômeno sobrenatural. “Aliás, sobrenatural não existe”.

Alexandre afirma que todos o casos citados em depoimentos e periciados, nunca foram comprovados cientificamente. Já o parapsicólogo Oscar Clemente, o fenômeno pode sim ser verdadeiro e estar ligado ao adolescente. “O que pode estar acontecendo é uma manifestação de tipo inconsciente e doentio envolvendo o menor. Esse caso merece um estudo mais aprofundado”, disse Oscar.

Orações.

Católica desde criança, a dona da casa, Alice Aparecida Zanoto, diz que nesse momento está se apegando a qualquer tipo de religião. “Acredito em Deus e em Nossa Senhora Aparecida. Eles nunca me abandonaram quando precisei. Mas qualquer tipo de oração é importante neste momento”, afirmou Alice.

Para tentar ajudar a família de Alice, os vizinhos dela e até mesmo quem a não conhece, estão montando grupos de orações para pedir ajuda divina. “Acho que cada pessoa deve fazer o que pode. Temos que nos preocupar com o que está acontecendo. Eu não acredito em espíritos, mas sempre tenho um pé atrás quando se trata dessas coisas”, disse Antônia Soares, vizinha de Alice.

“Eu vou pedir ajuda ao padre para que a casa seja abençoada”, afirmou Maria do Carmo Orlando, moradora da cidade.

Fonte: Rede Bom Dia.

Verdadeiro ou não, a notícia assenta-se num fato espírita muito conhecido: As manifestações físicas. Sem prolongar o assunto – que é hipotético – podemos ver maiores considerações em:
O Livro dos Médiuns – Capítulo IX – Lugares assombrados e no Capítulo XIV, Os Médiuns de efeitos físicos.
read more "Fenômeno sobrenatural intriga população da cidade de Poloni."

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Breve reflexão sobre a questão mediúnica em pessoas sem conhecimento doutrinário e que buscam a Casa Espírita para se instruirem.


Como analisar estes relatos? Há, mesmo, mediunidade?



Gostaria de fazer o download? Aqui!
read more "Mediunidade?"

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O canal de Tv Animal Planet exibe, toda quinta-feira, às 22 hrs, um excelente programa chamado: Instinto Paranormal. Ainda há pouca coisa sobre o programa na internet, mas tenho gostado muito, razão pela qual recomendo que assistam.





Canal: Animal Planet.
Dia: Terças
Horário: 22 hrs

Obs.: Se você não possui tv por assinatura, pode tentar assistir por alguns sites que transmitem ao vivo, como este.
read more "Instinto Paranormal - Animal Planet"

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read more "Segundos de sabedoria #2"

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Quem sabe se o criminoso, que morre aos trinta anos, não se teria transformado num homem de bem, se tivesse vivido até os sessenta? Por que lhe tira Deus os meios que aos outros concede?




 

152. A alma conserva a lembrança daquilo que fez na Terra? Continua interessada pelos trabalhos que não pôde concluir?

153. No mundo dos Espíritos a alma encontra parentes e amigos que a precederam?


154. Na outra vida qual é o estado intelectual e moral da criança morta em tenra idade? Suas faculdades permanecem infantis, como o eram em vida?

155. Após a morte, qual a diferença entre a alma do sábio e a do ignorante, ou entre a do selvagem e a do homem civilizado?

156. Após a morte as almas fazem progresso intelectual?

157. Na vida futura a sorte do homem está irrevogavelmente fixada após a sua morte?

158. Na vida futura, qual será a sorte das crianças mortas em tenra idade?

Gostaria de baixar o áudio? Aqui!
 
read more "O Principiante Espírita - Itens: 152 ao 158."

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Imagens fortes de quase acidentes..
“Quando considero a brevidade da vida, causa-me dolorosa impressão o fato de terdes como objetivo incessante a conquista do bem-estar material,ao passo que dedicais tão pouca importância,e consagrais pouco ou nenhum tempo ao vosso aperfeiçoamento moral, que vos será levado em conta por toda eternidade." Um Espírito Protetor - Cracóvia – 1861 - O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Num único dia, três fatos estranhos e inesperados fizeram-me refletir. O primeiro caso é de um mecânico. Conversamos, algumas poucas vezes, sobre estudos (ele havia começado a cursar direito) e outros assuntos profissionais. Havia me dito que esperava, em 2011, retornar à faculdade, pois Havia parado por conta do trabalho.


Semanas depois, recebo a notícia de que ele está afastado, que havia sofrido um derrame “nas vistas” e que estava com um coágulo no cérebro, conforme palavras de outro amigo. Foi um choque.


Eis, então, que este outro amigo se aproxima e diz que um o exame seria feito, para saber se poderiam operá-lo. Este mecânico, com medo, havia ligado para ele dizendo que se algo acontecesse, “que tomasse conta dos meus filhos”.

Nó na garganta.

Mais tarde, outro mecânico me diz que estava fechando a porta do baú do seu caminhão, quando outro, sinalizado por um terceiro, estava em marcha ré, sem que o motorista percebesse (pois estava distraído brincando com alguém à frente) se aproximava perigosamente. Quando deu por si, soltou um berro, estando a meio metro de ser prensado, traseira por traseira, entre dois imensos caminhões.


Na volta para casa, o motorista da Van nos diz que um bitrem colidiu com a Van de um amigo seu e que, “por sorte”, não havia morrido ninguém. A lateral da Van ficou toda destruída o que é de se imaginar, para quem conhece um bitrem e uma Van Sprinter, que realmente deram muita “sorte”.

Num único dia, três fatos relacionando vida e morte chegaram ao meu conhecimento. Fiquei pensativo, examinando a brevidade da vida. Estou no número daqueles que vivem pensando serem imortais e que só ante fatos extremos, é que param e pensam.

Ainda que reencarnacionista, sei que nunca mais voltarei a viver neste tempo e neste mesmo corpo. Cabe, portanto, que eu aproveite a vida em toda sua plenitude, elevando meu espírito ao máximo que eu puder.

Afinal...

Hoje aqui, amanhã não se sabe... Vivo agora antes que o dia acabe”. Ls Jack – Amanhã não se sabe.
read more "Brevidade da vida."

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Quem é o psicólogo islandês que há três décadas viaja à procura de crianças que relatam experiências de vidas passadas

Fausto Salvadori

Crédito: Sam Hart

Erlendur Haraldsson adora conversar com crianças. Tanto que o psicólogo islandês de 78 anos já encarou mais de nove viagens ao Sri Lanka e outras seis vezes até o Líbano só para ouvir as histórias que os pequenos do outro lado do mundo poderiam lhe contar. Nada de brincadeiras ou travessuras, o que há de comum nos relatos dessas vozes infantis é uma narrativa direta: como elas morreram.

Carbonizadas, vítimas de homicídio, afogadas: boa parte das crianças ouvidas por Haraldsson é capaz de narrar, detalhe a detalhe, histórias de mortes violentas que teriam sofrido em outras encarnações. É o caso de Purnima Ekanayake, garota que o pesquisador conheceu quando tinha nove anos, na década de 90, em Bakamuna, um vilarejo do Sri Lanka. Purnima, uma “menina linda e encantadora”, melhor aluna da classe, aos três anos começou a contar aos pais sobre uma outra existência que teria vivido antes de nascer. Um dia, ao ver a mãe aborrecida por conta de um acidente de carro, comentou: “Não ligue para isso, mamãe. Eu vim para você depois de um acidente. Tinha um monte de ferro no meu corpo”.

A menina começou a contar histórias detalhadas sobre uma vida anterior, na qual teria sido um homem, funcionário de uma fábrica de incenso. Relatou a localização da fábrica, o nome da antiga mãe, deu detalhes sobre o número de irmãos, as marcas de incenso que eram produzidas, os carros da família, a escola... Seguindo as indicações, seus pais chegaram à família de Jinadasa Perera, fabricante de incensos que morrera atropelado por um ônibus dois anos antes de Purnima nascer.

“Este é Wijisiri, meu cunhado”, foi o que a menina, sem nunca tê-lo visto antes, disse ao entrar na antiga indústria de incenso, a 230 quilômetros da sua casa, segundo testemunhas entrevistadas por Haraldsson. A menina ainda olhou para as embalagens e perguntou: “Vocês mudaram a cor?”. A cor das embalagens havia sido alterada logo após a morte de Jinadasa. Ao analisar as informações dadas por Purnima antes desse encontro, Haraldsson concluiu que os relatos se encaixavam no perfil do morto. E foi além. Vasculhando os registros da necropsia de Jinadasa, apurou que o atropelamento havia ferido o fabricante de incenso no lado esquerdo do abdome — mesmo local onde o corpo da menina Purnima exibia manchas brancas de nascença.
 


 Três décadas de reencarnação.

Longe de ser exceção, histórias como a de Purnima são uma constante na vida do islandês. Haraldsson viu o que restou dos seus cabelos embranquecer enquanto trocava o frio de sua terra natal pelo calor de vilarejos e cidades densamente povoadas do terceiro mundo. O Ph.D. em psicologia e professor emérito da Universidade da Islândia passou as últimas três décadas colecionando histórias de crianças sobre vidas passadas. Foram exatas 94 investigações sobre essas narrativas no Líbano e no Sri Lanka, países onde os relatos são mais numerosos,  provavelmente por conta da religião — o budismo, no Sri Lanka, e, no caso do Líbano, o drusismo, uma religião de influência islâmica que acredita na reencarnação.

Haraldsson identificou um padrão nessas narrativas. Na maioria dos casos, elas aparecem entre 2 e 5 anos e são comuns os relatos de morte violenta. Algumas das crianças pedem para conhecer os familiares da suposta outra vida. Outras, vão além. “Vocês não são meus pais de verdade” foi o que Dilukshi Nissanka passou a dizer desde que tinha três anos, para a tristeza de sua família, em Veyangoda, no Sri Lanka. A menina insistia em rever sua “outra mãe”, dizendo que seu nome verdadeiro era Shiromi e que havia se afogado num rio. Depois que a história foi publicada num jornal local (casos de reencarnação fazem tanto sucesso na imprensa popular do Sri Lanka como as mulheres-fruta nos nossos tabloides), os pais da garota foram contatados por uma família de outra cidade: eles contaram que, anos antes, a família havia perdido uma filha chamada Shiromi, afogada em um rio. Examinando declarações da garota antes do encontro entre as famílias, Haraldsson constatou que Dilukshi acertara várias informações sobre a família de Shiromi, como a região em que viviam, o número de filhos e a paisagem local.

Coincidência?

Histórias assim impressionam, mas será que não podem ser explicadas apenas como coincidência? Foi a pergunta que Galileu fez para Haraldsson quando o caçador de reencarnados esteve no Brasil, em setembro, participando do I Simpósio Internacional Explorando as Fronteiras da Relação Mente-Cérebro. “Pode ser coincidência, sim”, diz o pesquisador. Para logo em seguida acrescentar pausadamente, em tom didático de professor universitário: “Mas há alguns casos em que isso é altamente improvável”.

Apesar de apontar evidências que considera fortes, Haraldsson evita especular sobre se a reencarnação existe ou não em seus estudos. Prefere apresentar os fatos e deixar as interpretações para quem lê. “Sou um pesquisador empírico”, afirma. “Você pode encontrar uma grande correlação entre o que uma criança conta e a vida de alguém que morreu. Isto é um fato. O que significa já é outra questão.”

Haraldsson chegou a testar a hipótese de que os relatos poderiam ser explicados por questões como necessidade de chamar atenção ou transtornos mentais. Mas isso, de acordo com o psicanalista, não é o tipo de coisa que Freud explica. O islandês aplicou testes psicológicos em dois grupos de 30 crianças libanesas, um dos quais dizia se lembrar de outras vidas. O estudo não encontrou diferenças significativas, exceto em um ponto: as crianças que relatavam vida anterior tinham sintomas de estresse pós-traumático. Isso pode ser explicado pelo fato de que 80% delas contavam ter passado por mortes violentas. Real ou imaginário, um acidente mortal ou um homicídio são lembranças difíceis para a mente de uma criança.

Método.

Mesmo lidando com fenômenos estranhos, o islandês busca seguir a metodologia científica. Seu método dá preferência a fontes que ouviram em primeira mão as declarações espontâneas das crianças, como pais, avós, irmãos e amigos. Para garantir a precisão e flagrar contradições, as testemunhas são entrevistadas mais de uma vez, separadas umas das outras. Entrevistas com a própria criança são feitas depois, para evitar que o pequeno diga o que o entrevistado quer ouvir. Feito isso, o psicólogo assume papel de detetive. Com a ajuda de colaboradores locais, como jornalistas e religiosos, busca identificar pessoas mortas com histórias que se encaixem no que as crianças contaram.

Na última fase, procura os registros da necropsia do morto (se houver) e analisa se há correspondência entre possíveis ferimentos e eventuais marcas de nascença. Aplicar esse método significa chegar a informações consistentes em pouquíssimos casos. Na maioria das vezes, não é possível levantar correlação significativa entre os relatos e o que de fato ocorreu. A maior parte do trabalho de investigação de 30 anos do pesquisador acaba mesmo sendo descartada. “No Sri Lanka, apenas 10% dos casos apresentam evidências fortes; no Líbano, entre 20% e 30%.” O aparente rigor e seus quase 100 artigos publicados não impedem, contudo, que o tema de pesquisa de Haraldsson seja visto como marginal. Se duvidar, é só perguntar a ele como a comunidade científica tradicional reage a seus estudos. A resposta é simples e serena: “Não há reação. Eles apenas não leem”.



read more "O Caçador de Reencarnados."

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Muitos espíritas – me incluo - ficam estarrecidos quando vêem fotos “estranhas” de espíritos e muitos as tomam por verdadeiras, mesmo não tendo qualquer conhecimento técnico. Muitas fotos famosas são, na verdade, falsas.

A história do Espiritismo parece estar caracterizada pelo desejo ardente de se poder obter uma prova fotográfica dos espíritos. No entanto, a própria história deveria nos ensinar algo: Não tem dado certo. Pouca gente sabe, mas o pontapé inicial para derrocada do Espiritismo na França se deu, justamente, por fotografia dos espíritos (falsas fotografias) que envolveram, inclusive, o nome da Sociedade Parisiense. O relato encontra-se no livro Processo dos Espíritas”.

Como se isto não bastasse, aqui também, no Brasil, tivemos o nosso “Processo dos Espíritas” (que não virou processo), mas que pôs, novamente, o Espiritismo em perigoso rumo. Em 1964, Waldo Vieira e Chico Xavier resolveram realizar sessões de “materializações” com a médium Otília Diogo.

O caso foi acompanhado pela polêmica revista “O Cruzeiro” que fez um verdadeiro estardalhaço no Brasil expondo "a fraude". Até hoje, muitos espíritas negam e atestam a veracidade das materializações. Na época, o assunto parece ter sido abafado pela comunidade espírita com apelos zelosos de caridade e tolerância... Mas, em 2009, Waldo Vieira, revelou que as sessões foram fraudadas pela médium...

Por tudo isso, fotos e vídeos de espíritos devem ser analisados com extremo cuidado, pois se não são fraudes ou defeitos, geralmente não são nada, senão, nossa imaginação.

É claro que acredito que espíritos possam ser fotografados e acredito, igualmente, que devem existir fotos verdadeiras, apenas não as conheço. É preciso considerar, ainda, que vários programas simples e caseiros são suficientes para realizar boas montagens e que mesmo antigamente era possível realizá-las com alguns truques de fotografia.

Enfim, de todos os campos para pesquisa espírita, este é o que menos produz provas à nosso favor.
read more "Fotos Inexplicáveis?"

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Local onde o monge está morando.




II – Vida de Isolamento – Voto de Silêncio

769. Concebe-se que, como principio geral, a vida social esteja nas leis da Natureza. Mas como todos os gostos são também naturais, por que o do isolamento absoluto seria condenável, se o homem encontra nele satisfação?

— Satisfação egoísta. Há também homens que encontram satisfação na embriaguez; aprovas isso? Deus não pode considerar agradável uma vida em que o homem se condena a não ser útil a ninguém.

770. E que pensar dos homens que vivem em reclusão absoluta para fugirem ao contato pernicioso do mundo?

— Duplo egoísmo.

770 – a) Mas se esse retraimento tem por fim uma expiação, com a imposição de penosa renúncia, não é meritório?

— Fazer maior bem do que o mal que se tenha feito, essa é a melhor expiação. Com esse retraimento, evitando o mal o homem cai em outro, pois esquece a lei de amor e caridade.

771. Que pensar dos que fogem do mundo para se devotarem ao amparo dos infelizes?

— Esses se elevam aos e rebaixarem. Têm o duplo mérito de se colocarem acima dos prazeres materiais e de fazerem o bem pelo cumprimento da lei do trabalho.

771 – a) E os que procuram no retiro a tranqüilidade necessária a certos trabalhos?

— Esse não é o retiro absoluto do egoísta; eles não se isolam da sociedade, pois trabalham para ela.

772. Que pensar do voto de silêncio prescrito por algumas seitas desde a mais alta Antiguidade?

— Perguntai antes se a palavra é natural e por que Deus a deu. Deus condena abuso e não o uso das faculdades por ele concedidas. Não obstante, o silêncio é útil porque no silêncio te recolhes, teu espírito se torna mais livre e pode então entrar em comunicação conosco. Mas o voto de silêncio é uma tolice. Sem dúvida, os que consideram essas privações voluntárias como atos de virtude tem boa intenção, mas se enganam por não compreenderem suficientemente as verdadeiras leis de Deus.

Comentário de Kardec: O voto de silêncio absoluto, da mesma maneira que o voto de isolamento, priva o homem das relações sociais que lhe podem fornecer as ocasiões de fazer o bem e de cumprir a lei do progresso.

Fonte: O Livro dos Espíritos - Allan Kardec.

Comentário:

Devemos sempre respeitar as crenças e atitudes, afinal, tudo possui uma história e, freqüentemente, não sabemos sua origem. No entanto, do ponto de vista espírita, o vídeo nos propicia algumas reflexões sobre a importância da vida social.



read more "Monge se isola em topo de rocha na Geórgia."

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147. Se Deus está em toda parte, por que os Espíritos não o podem ver?

148. Após a morte a alma tem consciência de sua individualidade? Como a verifica? Como poderemos verificá-lo?

149. Influi o gênero de morte sobre o estado da alma?

150. Deixando o corpo, para onde vai a alma?

151. A alma conserva as afeições que tinha em vida?

Gostaria de baixar o áudio? Aqui!
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"Chamar parapsicologia de pseudociência é uma crítica social aceita, mas isso não quer dizer que (os parapsicólogos) sejam vulgares enganadores", disse ela ao anunciar a sentença.
O tribunal de Justiça de Albacete, na Espanha, condenou por difamação um catedrático e vice-diretor acadêmico de uma universidade que chamou os participantes de um congresso espírita de "charlatões".

Fernando Cuartero, da Universidade de Castilla-La Mancha (UCLM), tentou impedir, no ano passado, que o campus universitário da UCLM sediasse um seminário espírita chamado "Vida depois da vida".

Como não conseguiu, fez um protesto público diante dos participantes e os chamou de "enganadores vulgares".

A organização do evento, que contou com a participação de médiuns, videntes, parapsicólogos e escritores, processou o catedrático.

Segundo a juíza do caso, Otília Martínez Palácios, a crítica de Cuartero teve caráter de injúria e difamação.

"Chamar parapsicologia de pseudociência é uma crítica social aceita, mas isso não quer dizer que (os parapsicólogos) sejam vulgares enganadores", disse ela ao anunciar a sentença.

"Estas expressões são desnecessárias para criticar um seminário", completou a juíza, que condenou o catedrático a pagar uma multa de 204 euros (R$ 483), mais os custos do processo (valor não divulgado pela Justiça) e uma retratação pública.

O organizador do seminário que levou o catedrático aos tribunais, Rafael Campillo, disse que a decisão judicial é uma vitória não só dos espíritas, mas de todos os que defendem a liberdade religiosa.

"Quando o senhor catedrático Fernando Cuartero se sentiu livre para nos chamar de vulgares enganadores, ultrapassou um limite legal. Nenhuma fé religiosa pode ser atacada em nome de uma liberdade de expressão ofensiva", afirmou Campillo à BBC Brasil.

Resposta.

O incidente aconteceu em outubro de 2009. O departamento de comunicação da universidade disse à BBC Brasil que o espaço do campus foi alugado para o evento e que a UCLM permitiu que seu logotipo aparecesse nos cartazes de propaganda como "colaboradora de forma gratuita, sem mais participações ou interesses".

Ao ser informado do seminário, Cuartero entregou pessoalmente ao reitor uma carta dizendo que "no campus de Albacete se celebrará uma espécie de curso sobre experiências ligadas a morte, espiritismo e outras bobagens de pura pseudociência de charlatões. Algo impróprio de uma instituição científica como uma universidade".

"Como vice-reitor do campus quero manifestar minha total desaprovação a estes tipos de atos, tais como sessões de astrologia, vidências, enganos e crenças absurdas em uma sede como a nossa, usada de má fé por vulgares charlatães".

Cuartero disse à BBC Brasil que não desmente nenhuma das palavras escritas na carta do reitor. Mas disse que não tem intenção de retratar-se e que apelará contra a sentença, que considera "inadequada".

O vice-diretor acadêmico disse que recebeu o apoio de vários professores da UCLM.


Fonte: O Globo.


Comentário:


Fiquei um pouco em dúvida sobre a citação da parapsicologia. Será mesmo um congresso espírita ou o termo "espírita" foi introduzido inadequadamente? De qualquer forma, vale a notícia. Ela confirma o dito:


"Quem fala o que quer, escuta o que não quer".
read more "Justiça espanhola multa acadêmico que chamou espíritas de 'charlatões'."

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"O que há do outro lado da vida? O que diz a ciência? É possível ter contato com quem já morreu? A incrível história de uma adolescente que intriga os médicos. Para a medicina convencional, um caso de epilepsia. Mas para um médico especialista, espíritos que tentam se comunicar. Em outro caso, pai e mãe que garantem se corresponder com o filho morto em um acidente. E ainda, um homem que afirma ter passado horas em um necrotério dado como morto".
O programa Conexão Repórter - SBT - exibiu em 04/11/10 um programa com o tema: Vida Após a Morte.

Obs.: A qualidade da imagem não está muito boa. Caso queira, poderá assistir diretamente pelo site do SBT.

Confira os vídeos:

Parte 1.



Parte 2.



Parte 3.



Parte 4.




Comentário:

Acho que no intuito de ser imparcial, o programa acabou sendo "sem graça". Não trouxe nada de novo, choveu no molhado. No entanto, observando os comentários gerais, parece ter produzido um bom efeito, pois muitas pessoas me disseram ter refletido bastante. Então, ponto positivo!
read more "Conexão Repórter - Vida Após a Morte. 04/11/10"

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Uma matéria muito interessante da Revista Galileu, sobre o sincretismo religioso no Brasil, fez curioso e interessante paralelo com um tópico do orkut, onde se trata da questão se podemos ser espíritas e seguir uma/outra religião?

A matéria sugere que 17% dos Brasileiros seguem mais de uma religião. Em números, teríamos algo acima dos trinta milhões de pessoas com mais de religião. Ainda há dúvida se podemos seguir duas religiões? Talvez sim, não para os 30 milhões de Brasileiros.


read more "Religião no Brasil."

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O texto a seguir foi publicado, originalmente, em um outro blog que possuia. Caiu no esquecimento. O fato nele narrado já passou. No entanto, penso que constitui interessante material de reflexão.
Uma crença, como a espírita, é carregada de teor moral. Ser espírita, portanto, implica reconhecer esta moral, seus valores. Esforçar-se por pô-los em prática é o exercício que caracteriza o verdadeiro Espírita.

De igual modo, penso que a convicção profunda das idéias espíritas tem, necessariamente, que agregar valor moral aquele que a diz possuir, de modo que, mesmo imperfeito, os traços inferiores desaparecem a medida da própria empreitada. Ao contrário, a crença tem efeito de forma e não de fundo.

No entanto, em algumas pessoas, isto parece não surtir efeito. É o caso de um moderador do Orkut (cujo nome deixarei no esquecimento) que têm dirigido àqueles que pensam de forma diversa à sua, os mais pomposos elogios da ignorância, a saber:

“Entrei no seu perfil, pois estava desconfiado de você.”; “Você não é cabeçudo, é bitolado mesmo.”; “Não perco meu tempo numa polêmica inútil com você, vou direto ao cerne da questão e desmascarar seu caráter presunçoso.”

Entre outros “elogios” que, devido à linguagem chula, não convém postar. Nosso amigo, de certo, age conforme sua natureza e esperar postura além daquela que cada espírito consegue dar, é ingenuidade.

Ele reflete, no entanto, parte do Movimento Espírita que, não possuindo argumentos suficientes para entrar num debate, apelam à pessoa, isto é, desmoralizam o debate em ofensas puramente pessoais.

O trabalhador Espírita deveria ser mais bem preparado antes de assumir qualquer tarefa na Casa Espírita. E, pessoas como o nosso moderador, caso assumissem alguma tarefa, colocariam em risco toda a credibilidade do grupo. É preciso que indivíduos com o comportamento assim fiquem mais tempo centrados no aprendizado que no professoral.

Discutir (debater) deveria ser algo fundamentalmente comum dentro da Casa Espírita. Isto é, trocar idéias, expor opiniões. A crítica (análise) é fundamental no processo de construção do conhecimento. Desta forma, não se pode temer a crítica das nossas idéias, crenças e modelos.

Se quisermos, verdadeiramente, crescer em conhecimento, será preciso despir-se de preconceitos (o que nem sempre é fácil) e estar preparado ao diferente. Aprender com ele ou rejeitá-lo; Sempre, claro, com conhecimento de causa, argumentação eficiente, analítica, fraterna e, principalmente, NUNCA falando à pessoa e, sim, à idéia.


Quanto mais chula for a ofensa, melhor veremos a fragilidade da argumentação.

read more "Efeito das crenças."

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143. Como progridem os povos? Como degeneram?


144. Como se dá a separação entre alma e corpo? É brusca ou gradual?

145. Em que situação fica a alma imediatamente após a morte do corpo? Tem consciência de si instantaneamente? Numa palavra: que vê? que experimenta?

146. A alma que deixou o corpo pode ver a Deus?



Obs.: A referência que teimei em não lembrar é: O Céu e o Inferno - Allan Kardec - CAPÍTULO II - Sanson.


Gostaria de baixar o áudio? Aqui!
read more "O Principiante Espírita - Itens: 143 ao 146."

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Resolvi publicar um pequeno trecho de um debate que estou tecendo no site: Instituto de Pesquisa de Ciência Espírita. Quem quiser ver toda a discussão, basta clicar aqui.

"Acho sua questão pertinente e justa. O primeiro ponto a se considerar é que embora o Espiritismo tenha pontos comuns das religiões (como a revelação), o seu comportamento (enquanto doutrina) tende a um sistema filosófico (ao menos nos livros de Kardec).

Como revelação, é realmente difícil encaixar o contexto de erro. Se é uma revelação e é Divina, não pode haver erro. No entanto, o processo do espiritismo envolve uma dupla via: Humana e espiritual.

Vendo este problema é que Kardec (sabiamente) elaborou o espiritismo de forma passiva às revisões periódicas (o que ele mesmo sugeriu) já antevendo a possibilidade de erros futuros. É por essa via que ele assegura uma mutabilidade de princípios, quando diz que se houver um ponto em erro, o espiritismo, NELE, se modificará.

O fato de haver um erro doutrinário não seria motivo suficiente para desabonar tudo que disseram os espíritos. Haverá sempre a possibilidade de colocar a culpa no "lado humano", uma vez que questionar a sabedoria dos “superiores” seria colocar em dúvida TODO o conteúdo da mesma. O que eu, particularmente, faço sempre...

Com relação à pergunta, eu considero (como alguns já colocaram) que a vida se desdobra em muitas dimensões. Atualmente, temos a teoria dos Universos Paralelos (que não é bem o caso, mas serve de reflexão) e que nos dá uma margem segura para especular o, até então, impossível.

Acredito, por outro lado, que Kardec realmente pensava que se pudesse ir à Júpiter (como descrito na RE. 1858), lá encontraria os desenhos obtidos por Sardou e seus habitantes “superiores”.

Bem, o que vimos em Júpiter? Pela navalha de ockham, diríamos que este é um erro e que a questão está resolvida. Mas, hipóteses mais mirabolantes e complexas, como a Teoria M, nos dão abertura para especular o fato de que talvez haja, sim, habitações tanto físicas como espirituais por toda parte".
read more "Pluralidade dos Mundos Habitados."